meAnders




OUTRA ESTRANHA IRMANDADE:
NEW MODEL ARMY
& nobody else warriors & amazons

Non-Portuguese readers are very much invited to the hyperlinks, images and specially the texts in italic





meanders @

NMA.shortcuTOlyrics

New Model Army´s Space

Raw Melody Man

Ian McDonnell`s recordings blog


Nobodyelse Albums


New Model Army EXPO


New Model Army 2008 pics


DeAmicis, Stacey´s photos @Tommystock


gazraf.´s photos @Tommystock

Rogeletric NMA tube...

...& Moose´s contributions too

Ghosts symphony

The First New Model Army





meanders IS and something else


what is

why is

animation

another concept

SULLIVAN, T.

SULLIVAN, J.

DENBY, J.

Joolz Tweets

HEATON, R.

MORROW, S.

MOOSE, H.

ALLEYNE-JOHSON, E.

HAMMER, R.

"NELSON"

BLOMBERG, D.

ZYCH, P.

RELPH, John: NMA Discography

WULF, G.

BOHN, J.

PIERCE, J.

BIFFER, A.

GODWIN, F.

O'REILLY, D.

RAGET, G.M.

Nemo Sandman

LEESER, K.

GIL, R.

Milla Jane

Gdansk Janek

MACINNIS, Allan

PAISLEY, Jim

Hessen InaG

ATTAC

NETWORK Worldwide Projects

ECHELON

World WATCH Institute

WWI em português

NEW INTERNATIONALIST

COUNTERPUNCH

Workers Action

FOREIGN Policy IN FOCUS

or another FOREIGN Policy

CoeXisT Mag

Global Voices

Global MindShift

Agência Carta MAIOR

INDEX on censorship

Znet

WORLD SOCIAL FORUM

TRANSPARENCY BRASIL

Consciousness Brasil&World

meandro

meanders Araguaia

BRAZILIAN Institute of Geography&Statistics

BRAzIL Shuttle

Cyberspace Atlas

GEOGRAPHIC

SPROL society macroscopic effect

SINBIOTA

BIOdiversity

Conservation Alternatives

BOTANICAL images

Earth Meanders

That James Caird

Antartic Research of Delaware

The Earth & The Moon

SAGAN, C.

GOULD, S.J.

LOVELOCK, J.

KAKU, M.

GRAFFIN, G.

MOORE, Z.

HAWKING, S.

CARDEAL, T.

GROSSET, A.

SIMONETTI, M.

DE GRANVILLE, D.

YATSUDA, A.

LESSINGER, A.C.

projeto OCKHAM

GRAMANI, J.E.

BARCINSKI, A.

Wannabe GONZO

QUADRADO, A.

COELHO, M.

MUGGIATI, A.

HAUBRICH, A.

MAGALHÃES, V.

CATARINO, D.

CIPRO NETO, P.

OBSERVATÓRIO DE MÍDIA

OBSERVATÓRIO da Imprensa

Repórter SOCIAL

BRASIL de FATO

EcoAgência

ambiente brasil

PÁGINA 22

SIBEA

ComCiência Ambiental

Ciência Hoje

ExtraLibris

OUTRO Brasil

Dear Friends: Caros Amigos

A Nova Corja

do Desenvolvimento

Capital na Escola

GeoMundo

Direito às Pílulas

Física na Veia

Boatemática

Ciências no Quotidiano

A Origem das Espécies

Blogs de Ciência

Rede ECOBlogs

Educ@r

that meAnders

Vida RE(s)cOndi(d)Ta

VARELLA, D.

BALBONI, M.R.

FREITAS, A.de

SALLES, M. Informática Educacional

GONÇALVES, M.

MARUO, V.M.

MAGNABOSCO,C.

NATSUI, É.M.

VLASSIS, S.

Brasil Tour Office: Turismo Brasileiro Oficial

NATSUI, L.

lunakafe

Blue Dog Meanders

Luisa´s meanders

opus Meanders

Wanda Wanders

Belgian 'Licatessen

Swedish Hot

being Finnish

Canadian Herbs

Cyborg Chicken

New Zealand Biscuits

Australian Justin Sullivan

Antartica's David Ruth

IslandS in Marianas

Kung Fu Monkey

Sevillanas y Otros

MalagAEtas and Philipetas

Jámon del SIOME

Curiosidades de Japón/ ODD things from JAPAN

Arquitecronicas del Susana

Metal Avec Ellegance

Bootlegs are NOT Piracy!

Reflexões de Sharazade

A Vida Escrita a Mão

La Mia

BRASIL Op WEG

UTRECHT van Anders

GIRLS UNITY: Bandas de Mulheres

COPPOLA, F.

Merchã oficial de DeadFish by Francesco

WOODWARD, A.

GOLDFARB, L.

MASSARI, F.

VIEGAS, M.

SANTOS, D.

DYSTYLER, D.

PIMENTEL, L.C.

CASTRO JÚNIOR, C. (FranChico)

PACIANOTTO, A.

A Mente do MACHADO, Micael.

Cobertura fototextográfica de El Loco Flavio Ferraz

Fila Vinícius Vieira de OLIVEIRA

Se Liga SEELIG, R.

Club Kingsnake

DAGON

Encyclopaedia Metallum

MetalShip

1.000.000 beers (BIG or not)foUr Metaaaaal!

some music was meant to stay underground

Rock Genius

Sleaze rocks

News for the punks by the punks

Indy Weekly

desde España

Universo do Rock

é o que o url diz: Underground Family

É O Q DIZ

VAI NO TALO?

VAI NO OLHO?

deIVANeios

FEIJÃO TROPEIRO

Made in Bahill

Bahia rocks!

LUX, A.

Acuso

Prediletos

Bezetacil

Trópico

Digestivo Cultural

Agulha

paradoXo

dying days

RAMOS, M.A.

Videotexto Editora

NAVEGAPRENDER

ANTONIETE, P.

Blogologia

CARDOSO, C.

BRAGA, Nilton

NEWLANDS, M.

PAULINO, S.

BARALDI, M.

ORLANDELI, W. A.

José EDilBENES Bezerra

Quadrideko

LEAL, L.

O OUTRO LAUDO

FERREIRA JUNIOR, L.

OVERMUNDO

do mesmo Laudo

OGURA, L.

BONIFÁCIO JR., L.

LIEBENBERG, L.

Detrás do Armazém da Chita

IKUTA, M.Y.

PAUTZ,E.

DAHMER,A.

ZOMBIE,L.

ARTE QUE ENTORPECE

A visualized orgasm & alterated state

Blogotó blogotó da Adriane

Interesse Comum Loja Artesanato Gabriela Rangel

RECICLARTE

Simply Sparkling

SMITHSON, R.

BRADFORD, R.

MORRIS, M.

GALLO, A.M.'s meanders

MAÏON, J.F.

meanders mosaic

DALZIEL, John´Meanders

BRANDON´s Ocean Rising

PETERS, C.

CHALMERS, C.

ALOTUS, C.

LARISCH, H.

Perceptions of Vision

MENANDER, NOT MeAnder

LAUDO, D.

BIG on MARS, Welcome do Liar´s Club

aKING: Laudo

PIZZAS

Di LAUDO, G.

Laudo Ltd

Cumbre del Laudo

GOMPA

VEGETARIANISM

RELIGION

FIRE!

ECOTOURISM

OLD WAVE of BRITISH ROCK'n'ROLL

e-cards?



[Wayback Machine]
Feeling like
Wayback in time?



Navigating










Saturday, January 15, 2005

  Under masks and the master of disguises
Perturbador sob vários aspectos, O Adversário é um filme que mostra algo que toca uma parte obscura comum a todos nós. Quantos de nós estão dispostos a expor as máscaras que nos constituem e nos rodeiam?

Pior do que ser desmascarado é não ser desmascarado. A cineasta francesa, Nicole Garcia, escolheu essa frase como uma espécie de chave de leitura para acompanhar a terrível história de Jean-Marc Faure, um homem que, durante quase vinte anos, viveu uma vida de mentiras. Baseado em uma história real e adaptado do livro de Emmanuel Carrère, O Adversário (L`adversaire - França, 2002) é um filme perturbador sob vários aspectos. A personagem central da trama é um homem que enganou a mulher, os filhos, os pais e os amigos, passando-se por médico e por funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao sair de casa, supostamente para ir trabalhar, ficava vagando por estradas, restaurantes, praças, lendo revistas de medicina e assistindo conferências sobre assuntos médicos. Conversava com outros médicos como se fosse um dedicado pesquisador da área. Para sustentar essa farsa, Jean-Marc cria uma interminável rede de mentiras ao seu redor, uma rede que, incrivelmente, não é percebida por ninguém, até que ela acaba tragando todos à sua volta.

Em um determinado momento do filme, um policial que investiga os acontecimentos decorrentes da farsa pergunta a um dos melhores amigos de Jean-Marc: como é possível isso, como é possível que você, uma pessoa tão próxima dele, não tenha percebido nada? Consternado, o amigo responde depois de um silêncio constrangido: talvez eu nunca o tenha escutado direito. A máscara do falso médico atravessa os anos sem ser retirada, em boa parte pela absoluta incapacidade daqueles que o rodeiam e o amam de escutá-lo verdadeiramente. Jean- Marc é, ao mesmo tempo, carrasco e vítima; o mesmo ocorrendo com sua mulher, pais e amigos que acabam, de uma forma não explícita, todos acusados e condenados pelo simples fato de que conviveram com uma gigantesca mentira por tanto tempo e jamais desconfiaram do que estava acontecendo.

A estrutura narrativa adotada por Nicole Garcia opta por contar essa história com um tom quase impessoal, sem julgamentos e sem incursões psicológicas que tentem explicar as raízes da loucura de Jean-Marc. Ela mostra a mentira como um nervo exposto e revela, sobretudo, que uma farsa desta natureza só é possível na presença de uma conivência coletiva, uma presença que acaba revelando-se uma ausência brutal e desesperadora. Em uma entrevista sobre o filme, a cineasta nascida na Argélia diz que, se todo mundo sente a densidade dramática dessa história, é porque há um eco dela em cada um de nós. Vários ecos, na verdade. Há o eco da suspeita de que todos nós, em alguma medida, podemos ser vítimas de farsas alimentadas por nós mesmos. De que ninguém está livre de alimentar mentiras, mais ou menos comprometedoras, por toda uma vida. E de termos uma grande capacidade de desenvolver estratégias mais ou menos sofisticadas para impedir o desmascaramento de nossas pequenas ou grandes farsas.

Mas há um outro eco, não menos perturbador, que tem a ver, justamente, com a constatação de que tais farsas só são possíveis e só se tornam figurações sociais e pessoais consolidadas graças à indiferença e a conivência dos outros. A incapacidade de ouvir, de interessar-se realmente pelas dores, sofrimentos e angústias mais silenciosas do outro é o alimento que fortalece e faz crescer qualquer desequilíbrio ou desajuste interno. Neste sentido, O Adversário é um filme que tem a ver com todos nós. "Nesse homem solitário, perdido em si próprio, em sua humanidade aniquilada e em suas mentiras, há alguma coisa que nos lembra nós mesmos", observa a diretora francesa. Algo que toca uma parte obscura comum a todos nós.

E essa parte obscura tem algo a ver com o próprio título do filme. Afinal de contas, quem é o adversário? E o que a identificação do adversário tem a ver com as farsas nossas de cada dia? Se é verdade que pior do que ser desmascarado é não o ser, também o é o fato de que o desmascaramento pode ser uma experiência muito dolorosa, talvez mesmo insuportável para muitos. Diante disso, o caminho escolhido por Jean-Marc é, aparentemente, o menos dolorido a curto prazo (pois sustenta e alimenta a máscara através de uma rede de mentiras construída cotidianamente). Mas, como o filme mostra com uma crueza perturbadora, é devastador a longo prazo, destruindo ou ferindo brutalmente a todos que estão ligados a ele.

E o que parece ser constitutivo dessa relação entre as opções de evitar ou permitir o desmascaramento é que ela não está ligada a opções estritamente individuais. A proliferação das redes de mentiras só é possível em uma sociedade que premia e estimula a indiferença e a incapacidade de escutar o outro. A transformação de máscaras em figuras sociais altamente respeitáveis só é possível com pessoas que não estão realmente interessadas com as dores e angústias alheias, mesmo aquelas das pessoas que lhes são mais caras. Mais do que perturbador, esse diagnóstico, se razoável, parece ser um indicativo de que casos extremos, como o de Jean-Marc, estão longe de constituir uma patologia individual, uma enfermidade que pode ser curada essencialmente através de algum tipo de tratamento pontual. Ao invés disso, sugere que a extensão temporal das mentiras está diretamente associada à existência de um caldo de cultura social que possibilita uma longa vida a elas.

E, se esse caldo de cultura formado por uma mistura de indiferença e surdez coletivas for mais do que uma ficção, ninguém está livre de uma suspeita inquietante: quantos de nós, em alguma medida, não estão em uma posição análoga a de Jean-Marc, saindo de casa para trabalhar - mesmo trabalhando de fato naquilo que declaramos - e atravessando os dias vagando sem rumo por escritórios, salas ou consultórios, fazendo de conta de que aquilo diz respeito realmente às nossas vidas e alimentando permanentemente uma rede de mentiras estimulada coletivamente. Como perguntou o policial no filme, como é possível que essas farsas sustentem-se por tanto tempo? A resposta sincera e constrangida do amigo de Jean-Marc pode nos ajudar a identificar onde está exatamente o adversário a ser enfrentado: talvez estejamos todos fingindo escutar e ver o que se passa a nossa volta. E a indiferença que anda de mãos dadas com esse fingimento pode acabar nos destruindo a todos.
As máscaras nossas de cada dia, de Marco Aurélio Weissheimer.

About a movie called L`adversaire, that it surely worths already - if you couldn't see it yet, even just by reading such great article from a decent journalist.

deposited & disposted by laud on | 02:15 (0) Comment |


Thursday, January 13, 2005

  Day by Day Absurdities
"Fique calmo, cara, recupere seu amor pela vida e desça esta montanha e simplesmente seja, seja, SEJA - as fertilidades infinitas da mente una do infinito; Não faça comentários, reclamações, críticas, avaliações, confissões, ditados, estrelas cadentes de pensamento; Apenas flua, flua, seja você todo, seja o que isso é, isso é apenas o que sempre foi - a Esperança é uma palavra tal qual um monte de neve; Este é o Grande Saber, este é o Despertar, esta é a Nulidade - Então cale-se, viva, viaje, se aventure, abençoe e não se lamente."

(from Jack Kerouac`s Desolation Angels translated by Jaci)
Agradecimentos à Jaci pelos seus Absurdos Cotidianos, este de 23/12/04.

 

Powered By Blogger TM

 

The BAD RELIGION Page